Este livro parte da perspectiva de que a autoanálise empreendida por Freud em textos autobiográficos configura um convite para que os psicanalistas se questionem sobre as escritas de si (autobiografia, diários íntimos, autoficção…). No entanto, a expressão “escrita de si” também se refere, de forma mais ampla, ao uso que Freud fez da escrita em primeira pessoa para criar a psicanálise – em um diálogo consigo mesmo, que institui o outro (o leitor) como testemunha de um pensamento em construção.
Partindo da escrita sobrevivente – com destaque para Imre Kertész –, Chiantaretto propõe uma reflexão a respeito da sobrevivência como um modo de ser e de pensar, característica da clínica dos limites.
Viver é perder. Cada um deve consentir em morrer no próprio processo da vida, aceitar a perda de si na escolha dos possíveis e na possibilidade da perda do outro. No entanto, há outra figura dessa perda, que caracteriza os funcionamentos chamados limites em sua dimensão melancólica: a perda de si no outro que desapareceu para si mesmo. Ou, dito de outra forma, a incorporação, pelo infans, da negação que o outro primordial infligiu a si próprio. Como sobreviver a essa forma inaugural de perda de si?
R$ 96,00
Ensaios entre psicanálise e filosofia
Neste livro, o leitor encontrará artigos que abordam temas importantes da psicanálise e da filosofia, como a interação da teoria com a clínica psicanalítica, uma análise clínica e filosófica das relações entre corpo e afeto, assim como questões relativas à política, à estética e aos processos de subjetivação contemporâneos. Para abordá-los a contento, os autores de referência utilizados foram aqueles que, tanto no domínio psicanalítico quanto no filosófico, voltaram-se para uma visão crítica da ortodoxia. Com Espinosa, Nietzsche, Deleuze, Guattari, Ferenczi, Winnicott, Fairbairn e Stern, dentre outros, o autor busca pensar a psicanálise de forma diferente, abrindo novos caminhos para os que se interessam pelos campos da clínica e da cultura.
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ou até 2x de R$ 50,00