Durante séculos a presença da mulher e do feminino – que são coisas diferentes, como
destaca Cleuza – foi anulada ou negada. A diferença ou a importância da diferença sendo percebida como perigosa ou ameaçadora.
O tema principal deste livro é a função feminina e seu contraponto, a função masculina, em uma dimensão não sensorial presente em todos os seres humanos e cujo reconhecimento é fundamental para o desenvolvimento mental e social.
Em suas vinhetas clínicas, a autora narra situações em que se viu em impasses ou dificuldades, levantando questões para serem pensadas, o que torna o seu trabalho francamente científico, pois não se trata da comprovação de teoremas fechados, e sim da busca pela reflexão e pela expansão que também podem advir de seus leitores-interlocutores.
Recomendo com alegria esta obra de leitura fluida e ricamente estética.
Claudio Castelo Filho
SBPSP
Psicanalista, membro efetivo, docente e analista didata da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP). É também membro fundador, efetivo e docente com função didática da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Curitiba (SBPCuritiba), onde integra a Comissão de Ensino e o Departamento de Assuntos da Comunidade (DAC). Coordena, desde 2016, seminários e grupos de estudo dedicados a esse tema, além de aprofundar, desde 2012, investigações pessoais sobre as funções femininas e masculinas da mente e suas interações intrapsíquicas e intersubjetivas.
Saiba mais
Prefácio
Apresentação
PARTE I
1. Algumas considerações sobre o feminino↔masculino no interior da vida psíquica
2. Medusa – Função feminina: conter, mediar, intuir e proteger
3. O feminino em nós, uma experiência interminável
4. O masculino em nós, uma almejada e ameaçadora experiência
5. Penélope e a odisseia do feminino interminável
PARTE II
6. O nascer do outro na mente ↔ o nascer da própria mente: antes… agora… e depois?
7. Dor psíquica: ficção ou realidade
8. Os retirantes de Cândido Portinari: o esforço para ser humano é o que nos torna vivos
9. Associações estéticas como representação do mundo mental sem palavras
10. Sobre o significado clínico da experiência estética: a beleza poderia ajudar?
11. A transitória igualdade e a incerta diferença