Movimentos, filosofias e teorias que propõem uma vida com mais propósito e menos demandas
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Nossos sonhos são de consumo ou de vida? Essa é, talvez, uma
das perguntas centrais que atravessam este livro, que se propõe a mapear movimentos,
filosofias e teorias que apontem para formas de existência mais significativas
e menos consumistas — ainda que, paradoxalmente, a própria busca por sentido
possa se converter em uma nova modalidade de consumo.
Consciente do imenso poder da mídia na formação de
comportamentos consumidores, e colocando o consumo no cerne da catástrofe ambiental
contemporânea, a autora investiga possíveis caminhos de saída por meio do que
denomina movimentos anticonsumo. Tais movimentos oscilam entre a crítica na
cultura do consumo e a crítica da cultura do consumo — desde iniciativas
frequentemente absorvidas como mais uma tendência de estilo de vida até aquelas
que se mostram, ao menos por ora, inassimiláveis por um discurso midiático apaziguador.
Além de mapear uma ampla gama de iniciativas que questionam,
direta ou indiretamente, os padrões contemporâneos de consumo, a autora conduz
uma pesquisa para compreender por que algumas pessoas aderem fortemente a
estilos de vida consumistas, enquanto outras optam por rejeitá-los. A partir
disso, busca entender até que ponto estamos, de fato, dispostos a mudar.
É certo que a recusa individual na cultura do consumo, por
si só, não será suficiente para enfrentar a urgência ambiental — e a autora reconhece
esse dilema. Ainda assim, as experiências-limite que levaram seus entrevistados
a buscar modos de vida menos pautados pelo consumo podem ser lidas como sinais
de alerta, antecipando aquilo que a catástrofe ecológica já prenuncia.
Isleide Arruda Fontenelle
Professora Titular da FGV/SP
Doutora em Comunicação e Práticas de Consumo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo (ESPM-SP). Formada em Design Gráfico, atua por mais de 30 anos na área e tem experiência docente em cursos de graduação em Design Gráfico — lecionou na Belas Artes de São Paulo e na ESPM-SP. Certificada em Design para a Sustentabilidade pelo Gaia Education (líder na educação para a sustentabilidade, práticas regenerativas e desenvolvimento comunitário), atualmente vive na Alemanha e concentra seus estudos no design sustentável, na diminuição do consumo e na desaceleração da vida.
Saiba mais
Introdução
1. Comunicação e
consumo sob o prisma do neoliberalismo
Condição
neoliberal e produção de subjetividades
Midiatização da
vida
O egocentrismo e
a falsa promessa de liberdade
Tempo:
subjetividade neoliberal e culto à velocidade
A
psiquiatrização da vida
Consumo e
felicidade como imperativos
2. Menos consumo, mais sentido
Entre o senso comum e o bom senso
Motivações ao não consumo
Anomia e vazio de sentido
3. Da teoria à prática: quais os
caminhos possíveis
Movimentos que incentivam a redução do consumo
Teorias e outras convergências ao não consumo
Slowsumerismo:
uma proposta mais abrangente
4. Iniciativas
públicas e privadas para a redução do consumo
Planos
de ação global
Ações públicas
pelo mundo
Políticas
públicas no Brasil
Consumo
como statement
Comunicação para
o Slowsumerismo
5. Quanto estamos dispostos a
mudar?
A análise dos
grupos
As entrevistas
Conhecendo o
entrevistado (Parte 1)
Percepções sobre
consumo (Parte 2)
Percepções sobre
valores (Parte 3)
Conceitos-chave
da pesquisa (Parte 4)
Pingue-pongue
das subjetividades (Parte 5)
A constituição
identitária do slowsumidor
6. Considerações finais
Referências bibliográficas